O deputado José Dias (PL), em pronunciamento na sessão plenária desta quinta-feira (15), na Assembleia Legislativa, voltou a criticar o governo federal por, segundo ele, permitir que "companheiros e a nação" paguem por atos ilícitos, fazendo referência ao ressarcimento da fraude no INSS. Ele expressou apoio aos necessitados que precisam receber para comprar remédios ou alimentos.

"Eu não vou receber, não há razão, não vai me fazer falta para eu comprar o remédio. Então eu não posso, em sã consciência, receber um dinheiro que não é pago pelo ladrão, que não é devolvido pelo ladrão, é devolvido pela vítima", disse ele. 

José Dias argumentou que o dinheiro a ser devolvido vem dos impostos, que deveriam ir para a saúde, assistência social e o próprio INSS, e criticou a “falta de preocupação do governo em punir os intermediários, focando a punição nos sindicatos”. O deputado afirmou que pessoas com melhor condição financeira e moral não deveriam receber esse ressarcimento.

O parlamentar expressou descrença em uma solução para a esquerda e para o PT, citando a dificuldade de discernir verdade e ‘fake news’, “mesmo com acesso a uma mídia ampla”. Ele mencionou um escândalo nos Estados Unidos envolvendo "liberais do partido democrata", que comparou ao Mensalão e à Lava-Jato, e alegou que recursos desse escândalo americano foram usados “para alimentar a corrupção da esquerda no Brasil”.

O deputado questionou a ideia de "roubar dos ricos para dar aos pobres", perguntando se um aposentado do INSS que ganha salário-mínimo é rico. Ele destacou os resultados financeiros positivos de grandes bancos como Itaú e Bradesco, sugerindo que os banqueiros "não são pobres" e que eles também teriam levado vantagem na situação.