11/06/2025
Durante pronunciamento na sessão plenária desta quarta-feira (11), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), o deputado estadual Luiz Eduardo (SDD) fez um alerta sobre os desafios enfrentados pela população potiguar, com destaque para questões relacionadas à gestão das finanças públicas, à saúde e à segurança.
Ao iniciar sua fala, o parlamentar expressou preocupação com o crescimento da dívida do Estado com precatórios. Segundo ele, enquanto em 2018 esse montante girava em torno de R$ 460 milhões, representando cerca de 1,16% da receita corrente líquida do Estado, em 2025 esse valor chegou a R$ 4,9 bilhões, comprometendo mais de 9% das receitas estaduais. “Mais de R$ 2 bilhões da arrecadação do Rio Grande do Norte são direcionados hoje ao pagamento de precatórios”, destacou Luiz Eduardo.
O deputado também chamou atenção para a situação da saúde pública. De acordo com ele, unidades hospitalares sofrem com a escassez de insumos, medicamentos e materiais para procedimentos cirúrgicos. Ele mencionou especificamente a falta de bolsas de colostomia, insulina e medicamentos utilizados por pacientes oncológicos, além do acúmulo de cirurgias eletivas em atraso. “Temos mais de 600 pessoas esperando na fila por cirurgias de pequenas amputações. O tempo de espera pode agravar os quadros clínicos, gerando consequências irreversíveis”, afirmou.
Ainda em sua fala, Luiz Eduardo lamentou episódios recentes de violência registrados em locais públicos da capital, mencionando a ocorrência de um tiroteio em escadaria urbana frequentada por praticantes de atividades físicas. Segundo o deputado, há mais de 800 apenados no Estado sem monitoramento eletrônico por falta de pagamento à empresa responsável pelas tornozeleiras.
O parlamentar também abordou questões relacionadas à infraestrutura rodoviária, criticando a “precariedade” de trechos importantes para o escoamento da produção e para o turismo regional. “Por causa da buraqueira, vidas estão sendo ceifadas, carretas estão virando, e os produtos se perdendo nas estradas”, lamentou.
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