Dentre os vários temas discutidos no encontro da Associação Brasileira de Escolas Legislativas e de Contas (ABEL) – em reunião ocorrida na última quarta (1/6), em Aracaju –, o mais debatido tratou sobre a questão da inclusão social de portadores de deficiências. Tornou-se quase numa unanimidade, entre as intervenções realizadas no evento, o direcionamento para que sejam inseridas nas grades oferecidas pelas associadas da ABEL, atividades acadêmicas nesse sentido.

                A mais importante palestra sobre o tema foi ministrada pelo diretor geral adjunto do Senado Federal, Gustavo Ponce de Leon Soriano, que apresentou o Plano de Acessibilidade do Senado denominado de “Senado Inclusivo”. Mereceu destaque entre os itens do documento, o que trata do “Acesso à Educação”, com o detalhamento de importantes pontos incluídos no plano, como: 1) garantir critérios de acessibilidade no programa de visitação ao Congresso Nacional, com a presença de monitores intérpretes de línguas; 2) contratação de serviço especializado de autodescrição para visitação; 3) adequação dos conteúdos de ensino a distância oferecidos pelo Instituto do Legislativo Brasileiro (ILB) para portadores de deficiências; 4) avaliação técnica para inclusão de recursos assistivos nos materiais dos cursos do ILB oferecidos em plataforma educacional; 5) elaboração de material explicativo sobre os serviços oferecidos ao servidor com deficiência (adaptação do local de trabalho, direitos, dentre outros); e, 6) realização de palestras, oficinas, vivências.

                O diretor da Escola da AL, Carlos Russo, reputou de extrema importância a abordagem do tema. Segundo ele, não será diferente o direcionamento a ser tomado pela instituição no RN. “Dentre as ações previstas nos programas educacionais e sócios culturais a serem realizadas na atual gestão, os programas de inclusão social voltados para os portadores de deficiências estão previstos no planejamento da Escola da Assembleia”, ressaltou.