A Assembléia Legislativa promoveu na tarde desta segunda-feira, 21, audiência pública sobre o saneamento básico do município de Parnamirim. Representantes da Caixa Econômica Federal e da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), estiveram presentes para debater a atual situação do saneamento do município. A audiência pública foi requerida pelo deputado Gilson Moura e foi realizada no auditório Robinson Faria.

Na composição da mesa, representando a Caixa Econômica Federal, o gerente regional de governo, Jorge de Castro e o gerente de desenvolvimento urbano, Marcos Vinicius. Pela Caern, a engenheira de projetos, Soraya Freitas. Também presentes o engenheiro e ex-secretario de planejamento de Parnamirim, Walter Fernandes e o ex-secretário de habitação, obra, serviços urbanos e limpeza pública de Parnamirim, o engenheiro civil Carlos Magno.

O deputado Gilson Moura falou sobre a importância do tema e lamentou a ausência de representantes do poder executivo do município, que foram convidados mas não compareceram à audiência.

Em seguida, o engenheiro Walter Fernandes, que elaborou o projeto de saneamento ambiental de Parnamirim, esclareceu algumas questões a respeito do projeto, como: concessão de recursos, modelo de saneamento a ser utilizado, quais os impactos diretos e indiretos que os moradores enfrentarão, as garantias da continuidade dos serviços e como tudo isso será gerenciado.

“Este debate é muito importante, pois é em prol de qualidade de vida e mais saúde para os parnamirinenses. A obra teve todo seu planejamento, foi licitada, teve autorização da Caixa, do Ministério das Cidades e já era para estar concluída. Mas a situação atual é crítica, apenas 0,031% de Parnamirim tem saneamento”, afirmou.

A engenheira de projetos da Caern explicou que é obrigação da prefeitura executar a obra. De acordo com Soraya Freitas, a única questão que ficou para a companhia é o tratamento do esgoto. Ela informou ainda que a coleta de esgotos de Nova Parnamirim ficaria junto com a da Zona Sul de Natal e que a Caern está investindo em obras de abastecimento de águas para atender melhor a população.

Em seguida, o engenheiro Carlos Magno também lamentou a ausência da Prefeitura de Parnamirim no debate e disse que as pessoas precisam saber porque a obra está parada. “Os representantes da prefeitura não tem compromisso com o saneamento de Parnamirim. A obra está parada e a populaçãoé quem sofre. Eu desafio quem conheça uma casa no município que esteja com saneamento. Isso é um absurdo”, reclamou Carlos Magno.

Os representantes da Caixa explicaram que existem três contratos da empresa com a prefeitura de Parnamirim, que darão condições para 100% do saneamento do município, mas que os contratos são complexos e que é preciso muita discussão na área técnica. O gerente regional Jorge Castro ressaltou que não tem conhecimento oficial de que as obras foram iniciadas.

“Não há nenhuma objeção da Caixa, queremos andar rápido com a análise, mas um projeto de 80 milhões requer tempo para avaliação. Esperamos que nos próximos dias o projeto avance”, afirmou Marcos Vinicius.